terça-feira, dezembro 23, 2014

 

Natal triste!

No Natal triste Procurei palavras nas ruas que fizessem um poema Nos versos encontrei estrelas perdidas nuvens que cortavam as manhãs Não dei por aparições só sorrisos calados num aceno de mão Perguntei pelo menino numa mensagem secreta Estava no leito cansado de velar a noite triste Perdido no desencontro da ilusão. O Natal num desolado desalento está frio E a sua tristeza avança numa dor mansa Tudo é desencanto, quando o Natal é triste Não tem asas, está descalço e os pés nus Chegou no pôr do Sol sobre o silêncio da sua mãe Que Natal triste!... Roubaram-lhe o direito a ser menino. Não era isso que mais sonhava Aos meus amigos e às minhas amigas Um Natal sem alegria de menino Nunca foi verso, poema ou coisa que lhes desejasse! Fico triste, por eles, por mim e por todos os meninos. Quero que amanhã, na hora do menino Sequem a dor molhada e fria que se sente E abram mãos ao amor que nos faz gente

sexta-feira, dezembro 19, 2014

 
Nunca fui socrático e escrevi muitos textos contra a política de Sócrates, mas as estórias que vão aparecendo sobre as escutas a Sócrates, a sua prisão e acusações (para alguns eram malas de dinheiro; para outros, só envelopes e não tarda a aparecer quem diga que foram uns trocos e que até podiam ser ilegítimos, mas não ilegais!) começam a configurar um autêntico golpe de estado, que só poderá servir este governo de incompetentes e do vale-tudo. Por que não se tornam públicas todas as escutas? Podia acontecer que por elas se soubesse quem passa informações para criar este clima de autêntico enxovalho de Sócrates na praça pública para ter ressonância no PS.

sexta-feira, dezembro 12, 2014

 

Chamam a isto democracia, mas deveria ter outro nome!

A história vem desde a primeira Guerra Mundial. Sempre as famílias estiveram na origem das guerras e para pôr cobro a isso, foi em nome dos povos (cidadãos europeus) que se fundou a Comunidade Europeia. Colocou-se à frente um aldrabão que viu o que não existia: armas de destruição massiva. Rapidamente inverteu-se o sentido que tinha sido dado à C.E.: passou a servir os interesses do capitalismo financeiro, ajoelhando-se à vontade do lucro e do poder dos banqueiros que não hesitam em transpor limites da lei, da honra e da moral. A crise não é vivermos acima das nossas possibilidades, mas o espírito “conquistador” da desenfreada cupidez pelo dinheiro dos banqueiros. A quem serviram as parcerias público-privadas e toda essa engenharia de contractos vigários que estrangulou a economia nacional? Ricardo Espirito Santo é um exemplo desse vampirismo e tudo leva a crer que transferiu a massa que faz o buraco do seu banco para onde é mais fácil e mais rápido o lucro: Angola. Por cá, este Governo faz coisa parecida, trespassando a economia que garantia a independência de Portugal para a China. Todos fazem parte de uma mesma família! E a pergunta é sempre a mesma: o que faz com que uma multidão de eleitores que sofrem até á miséria esta situação e não tem outra forma de acabar com isto a não ser com o voto, continue a votar em meia dúzia que vive para os estrangular com a negação ao pão, à educação e à saúde? Chamam a isto democracia, mas deveria ter outro nome!

domingo, dezembro 07, 2014

 
Conheci Mário Soares há muitos anos e separei-me dele politicamente com o que poderia ser designado “caso Manuel Serra” . nessa altura distanciei-me da sua linha política. Considero que é uma personalidade impar, até pela polémicas que sempre gerou. Já está na História e será sempre uma figura geradora de amor e ódio. Penso que esse jacobinismo intelectual e político alimenta muita imbecilidade, muito mau feitio e muita ignorância. Percebo que este PSD e CDS, dois partidos dominados hoje pela rapaziada que abocalhou as sobras do “rancho” do 25 de Abril, o odeiem Respeito Mário Soares, admiro-o por ser “Homem de Causas” e de Convicções, mas isso não significa que não deixe de relativizar muitos dos seus comportamentos políticos. Neste Aniversário, parabéns Marocas!

sexta-feira, dezembro 05, 2014

 

O pragmatismo trouxe consigo a cultura do contacto: o importante é ser assertivo, sem se preocupar com as premissas a que deve obedecer qualquer conclusão. Afirma-se uma “bestialidade” e ela fica logo colada na mente do interlocutor como uma verdade. Pressupõe-se que ninguém pergunta como se chegou àquela afirmação, que não são precisas premissas para tirar uma conclusão. E esta irracionalidade (ser racional é dar ou encontrar razões) faz a “cultura” do nosso tempo. É dela que vive Passos Coelho, Paulo Portas e outros imbecis que nos entram pela casa dentro sem pedir licença.

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