segunda-feira, agosto 30, 2010

 

São só flops!

Louçã diz que o PS não quer eleger Manuel Alegre. A afirmação levada a sério causaria, pelo menos, algum desconforto a Sócrates.

Mas ninguém do PS vai reagir à tirada do líder do BE. Todos sabemos que a afirmação de Louçã obedece a um tacticismo político que procura condicionar os bloquistas que apoiam Fernando Nobre. Mas os efeitos pretendidos não serão alcançados.

Manuel Alegre é um barão do PS. Tem aquele republicanismo altissonante, mas sempre sem qualquer consequência: são flops do tipo da tirada de Louçã.

sábado, agosto 28, 2010

 

A imaginação no Poder ou como o cinismo não tem limites?

O governo, com a originalidade que o caracteriza, quer que a prova de rendimentos dos beneficiários que recebem apoios sociais seja entregue obrigatoriamente pela Internet. Quem não tiver internet, naturalmente, ficará dispensado de ser pobre.
Entretanto, alguns empregos temporários vão ser criados, em regime simplex, para fiscalizar tais beneficiários.

Na verdade, se foi sempre à custa dos pobres que muitos enriqueceram, por que não ser à custa dos mesmos que alguns se empregam?!... Assim, Sócrates constrói estatisticamente um futuro melhor: consegue diminuir o número dos que usufruem o rendimento mínimo e dos desempregados. O que é preciso imaginação!


quarta-feira, agosto 18, 2010

 

Uma questão pertinente.

A acusação da Associação Repórteres sem Fronteiras de perseguição judicial ao semanário “SOL”, a propósito da condenação deste jornal, por ter denunciado a estratégia utilizada por Pedro Soares para resolver o conflito entre Sócrates e a TVI, apesar de uma providência cautelar, deve levar-nos a interrogar-nos:


1º, O interesse público da informação deve ou não ter força suficiente para justificar uma infracção à lei?

2º- A interpretação da lei deve ser factualista (como convém ao simplismo liberal) ou deve integrar-se num contexto que tenha em conta uma jurisprudência dos valores da democracia, particularmente os do interesse-comum?


Naturalmente, estas questões ligam-se com outras duas:


1º- Qual o papel da Justiça numa sociedade aberta e, por isso, democrática?


2º- Tendo em conta que a consciência de responsabilidade é essencial à democracia, haverá sentido de responsabilidade cívica sem uma informação livre e crítica?

 

Só propaganda!

Não há quem supere em imaginação o Ministro da Administração Interna.

Ele sabe encontrar sempre algo que beneficie este Governo no inferno dos incêndios: se a área ardida já superou a do ano passado, ele descobre que a forma de atacar os incêndios é mais eficiente este ano, se não há explicação para os vários reacendimentos, ele encontra-a, explicando que os bombeiros não podem ficar a olhar pelos borralhos, deixando de combater outros incêndios, se o ano passado ardeu menos que este ano ele vai buscar 2004 para encontrar vantagens.

Ainda o havemos dizer que este ano os incêndios não são tão flamejantes como os anos anteriores, graças ao Governo.


O que se esperava de um Ministro é que não se preocupasse com a propaganda, mas com as melhores soluções para evitar os flagelos.

segunda-feira, agosto 16, 2010

 

Se fosse mais novo emigrava.

O PSD teve a sua festa anual no Pontal. Lá estiveram todos aqueles que só aparecem quando cheira a poder. E o novo Líder não os frustrou. Esqueceu-se da revisão constitucional e enveredou pela ameaça: “agarrem-me, senão faço cair o PS!”.


Podia dizer: O Governo do PS não está a governar, descredibilizou a Justiça, prepara-se para aumentar os impostos e nós vamos propor uma moção de censura na Assembleia da República, para pôr termo a estes desmandos.

Mas preferiu “o agarrem-me senão…”; e garantiu que não vai aprovar o OE, se os impostos subirem e o Governo não diminuir as suas despesas”. Lembrou ao Presidente da República que até ao dia 9 de Setembro pode dissolver a assembleia”.

O PR terá dito para os seus botões:”Eu?!... Dissolver o parlamento? E depois?!... “ E terá concluído: “eu quero ser eleito, tal como o PSD quer governar”.

Do lado do Governo, o Ministro da Justiça não ficou calado. É certo que se lembrou que a sua correligionária Ana Gomes tinha dito o mesmo que Passos Coelho. Mas, agora, veio-lhe à memória o ditado “quem cala consente” e, antes que o galo cantasse três vezes veio a público e bradou: “Passo Coelho é um irresponsável: faz acusações gratuitas e sem provas”.


E a propósito de provas aí vão três: David Blanco ganhou pela terceira vez a volta a Portugal e o Benfica perdeu pela terceira vez consecutiva. Como se vê “não há provas sem senão!”

sábado, agosto 14, 2010

 

A História também é uma estória.

Nasci em 5 de Outubro e isso é bastante para ser republicano. Mas gosto de conhecer outras versões, a dos que não estão na perspectiva dos vencedores, dos heróis ou dominantes.



Acabei de ler o “Diário dos vencidos”. É um conjunto de notícias sobre o Cinco de Outubro, visto por monárquicos.


Depois de ler o livro, e lembrando-me do 25 de Abril, encontrei nas duas revoluções denominadores comuns: os mesmos vira-casacas, os que estavam num lado e logo se passaram para o outro, os que jogaram com um pau de dois bicos, etc,. Senti-me obrigado a concluir: as revoluções são todas iguais: funcionam como os semáforos.


Nos semáforos há os que esperam, determinados e com convicção, o sinal verde; e há uma grande maioria de “carneiros” e oportunistas que passa o semáforo, quando vê os outros atravessar e logo que lhes interessa. Se há algum risco, culpam os outros; se não há atropelam os primeiros para depressa chegarem à frente, levantarem o dedo e dizerem: “já estou aqui!... Vejam bem. Vocês, estão à espera de quê?!...”


Escusam os arautos das glórias republicanas gastarem muita tinta com a epopeia republicana, maçónica e carbonária da revolução. A república vitoriou-se com o apodrecimento da monarquia e o 25 de Abril com o ruir do Estado Novo.


As revoluções são todas iguais: quem se trama é sempre quem nelas é mais generoso e as vive com mais convicção. E entre estes só ficam na memória alguns, os que já tinham muito lucrado com o passado que logo negaram. Aconteceu na primeira República e não é isso que acontece hoje?!...


A história também é uma estória, uma narrativa efabuladora.

sexta-feira, agosto 13, 2010

 

Já cansa!...


Num briefing na sede da Autoridade Nacional de Protecção Civil, em que participaram o primeiro-ministro, José Sócrates, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira (onde andará a Ministra do Ambiente?!...), Cavaco Silva mostrou-se muito satisfeito com o que lhe foi dito e pediu aos portugueses: «apoiem os bombeiros que, no terreno, fazem tudo o que é possível, com um esforço tremendo, com um grande sacrifício, para proteger os cidadãos e os seus bens».


Nem uma palavra ouvimos sobre os bombeiros que morreram no combate a incêndios.

Também há algumas questões que nos deixam perplexas: se tudo decorre no melhor, por que será que os incêndios não deixam de se reatarem duas ou mais vezes? Por que será que há muita gente a queixar-se de falta de coordenação entre todas as instituições que atacam os incêndios? Finalmente, porque será que não há uma palavra sobre a avaliação das causas deste flagelo e das medidas que é necessário tomar?


Não basta ver a árvore é necessário não perder de vista a floresta.


Precisamos de um Presidente da República que saia do universo de conveniências que é marcado pelos partidos. E isso só acontecerá com alguém que esteja acima da lógica do que os partidos acham ser ou não conveniente falar.


Já cansa!.... Precisamos de um presidente da república que não seja politicamente correcto.

quinta-feira, agosto 12, 2010

 
Bem se pode aplicar a Narciso Miranda o velho ditado: «olhem para o que eu digo e não para o que fiaço»


Narciso com Gaspar, Renato e outros formou uma escola dentro do PS, no Norte, e, por certo, à maneira de outras distritais.

É ele, agora, a sentir os efeitos da cultura de jogos de poder, traições e maquiavelismos que ele cultivou durante a sua liderança. De nada tem que se queixar. As consequências dessa luta já se previam: bastava ver certos filmes napolitanos.

Os partidos, sobretudo do centrão, vivem do carreirismo, dos jogos de poder, do maquiavelismo. Têm uma organização piramidal copiada da Revolução Industrial. Hoje, a organização das sociedades do conhecimento e da informação é diferente: seguem o modelo cibernético.

Os barões que dominam a oligarquia dos partidos não querem as reformas que se exigem, porque não querem perder o poder que lhes vem de serem barões que não aceitam ser postos em causa, como acontece a Narciso.


Mas, mais cedo ou mais tarde, isso terá de acontecer. A democracia vive bem com movimentos cívicos e os partidos já começam a não ter qualquer poder (como organização. Naturalmente, os barões continuam a ter o poder de arranjar para si e seus faniliares ou apoiantes bons empregos, etc.)


A política não pode continuar a ser feita de blá…blá… sem nenhuma consequência. A política visa organizar a sociedade, por forma a diminuir o sofrimento dos que mais sofrem e isto não se discute nos partidos.


Narciso merece o que lhe está acontecer e os que pedem a sua demissão mereceriam o mesmo.

terça-feira, agosto 10, 2010

 

O crime morre solteiro

Mais um bombeiro faleceu a combater as chamas de um incêndio. Agora foi em Gondomar. Dizem-me que a vítima é uma jovem, generosa e com o 12º ano. Tinha “arranjado” aquele emprego há uns tempos.


Possivelmente, se se tivesse inscrito na Jota de um qualquer partido e jeito para o blá…bla… ,já não teria uma licenciatura numa dessas universidades independentes e quem sabe se não seria deputada, governadora civil ou administradora de uma empresa municipal. Mas era bombeira de Lourosa, uma bombeira generosa que amava defender o bem-comum e não tinha jeito para os jogos de simulação que se desenvolvem nos partidos.


Entretanto, o Ministro da Administração Interna abusa no parecer a todas as horas na TV, sempre com uma retórica que já se torna insuportável. Por que não se associa à Ministra do Ambiente no silêncio da incompetência.


O que o País precisa é quem pense, quem saiba agrupar quem saiba da matéria, e tire conclusões para as pôr em prática.


Ninguém percebe por que a escola pública não desempenha nessa matéria alguma papel?!... Por que o território não é ordenado em função das exigências ambientais?!... Por que não são vigiadas as florestas?!... Por que se acabou com os guardas florestais?!... Fazem-se auto-estradas para trazer gente do interior para o litoral e ficam os campos por cultivar, os pinhais cobertos por mato, etc?!


Precisamos de governantes com sentido do bem comum e não de palradores de circunstância.

Já repararam que só o PC se pronunciou sobre este flagelo. E logo apareceu um secretário de Estado a lembrar que na Rússia é muito pior. Com esta argumentação, alguém duvida que o crime não compensa?

domingo, agosto 08, 2010

 

A justificação da incompetência.

Por que será que o Secretário de Estado da Protecção Civil tem de se referir aos incêndios na Rússia para justificar a sua incompetência.

O Secretário garante-nos que este ano arderam menos hectares de terreno. Pudera, todos os anos a arderem milhares de hectares, qualquer dia não há matas para arder.

A gente fica perplexa com a argumentação destes governantes.

E se estivessem calados, não seria melhor?!...

 

Não pode valer tudo, como nas repúblicas das bananas.


Pelo que se ouve e lê, pelo que até fora do País se conhece, não se compreende que o PGR não seja demitido ou convidado a demitir-se ou ele próprio deixe a sua cadeira para outro. Também não se compreende que o Presidente da República, responsável máximo pelo normal funcionamento das instituições, assobie para o lado e fique indiferente às suspeitas que recaem sobre a Procuradoria-Geral da Republica. Isto tudo só se percebe, se esta República for, de facto, uma república das bananas.


http://dn.sapo.pt/Inicio/

Justifica-se, por tudo isto, que o voto em branco faça sentido. Se queremos que esta democracia não continue uma farsa, onde os partidos apenas se importam com os seus interesses particulares e encobrir esse facto com jogos florais, temos de esvaziar o Parlamento com votos em branco. Assine, por isso, esta petição.

http://www.peticaopublica.com/?pi=JBM

sábado, agosto 07, 2010

 

Serenata à Chuva



Uma cerimónia de Óscar ostraciza “Serenata à Chuva” nos anos 30. Tantos anos depois, com tantas alterações climatéricas perversas, vale a pena imaginar que a chuva está a cair e como gostaríamos de nos juntar a Kelly e Hagen para uma serenata à chuva!

sexta-feira, agosto 06, 2010

 

Hiroschima- 65 anos depois.



Foi há 65 anos. Sobre Hiroshima caiu uma bomba nuclear. Milhares de pessoas morreram e muitas mais ficaram a sofrer para toda a sua vida e na vida dos seus filhos os efeitos da barbárie. Três dias depois, uma segunda bomba, com efeitos iguais caiu sobre NagasaKi. Sobre os que sofreram ou ainda sofrem no seu corpo e no seu espírito essa tragédia, a nossa profunda solidariedade.

 

Sondagem


Nas últimas sondagens, o PSD sai muito mal. A maioria dos portugueses não apoia o seu projecto de constituição, a sua diferença em relação ao PS é muito curta e os restantes partidos ou sobem ou descem um ponto, o que não é significativo


Naturalmente, a Direcção do PSD tem de tirar conclusões destas últimas sondagens e uma delas é a de que é necessário estudar os problemas do País e apresentar propostas que tenham substância. Mas, o nível dos dirigentes políticos é muito mau e já ninguém acredita que sejam capazes de ultrapassar na política os meros jogos florais.

Vivemos o grau zero da política e consequentemente do funcionamento das instituições.

 

Lodaçal

Daqui por uns anos, quando se falar do Freeport ou da Face Oculta, será incontornável uma reflexão sobre o papel sigiloso de organizações, como a maçonaria. Não da importância que terão tido na defesa dos ideais que proclamam, como a igualdade, fraternidade e liberdade, mas pelo impacto da família de tipo maçónica nos destinos nacionais. E a avaliação desse facto talvez justifique o lodaçal moral em que nos afundamos e a mediocridade que dirige as instituições.

quinta-feira, agosto 05, 2010

 

Corrupção, psicologia e você - Fantástico!




A corrupção tem três níveis: no primeiro, situam-se os pilha-galinhas; no segundo, os vigaristas e no terceito, os doentes. Só chega a este nível quem for muito importante. Não é qualquer corrupto que pode chamar aos desvios que faz uma doença. Se quer conhecer os sintomas veja este teste. Se descobrir que há em si alguns factores que o potencializam ao nível de um corrupto, então inscreva-se num partido que o leve ao poder ou numa dessas organizações sigilosas que mandam mais que os partidos. Depois procure aparecer muitas vezes na televisão, disparando a linha justa para todos os lados. Não há melhor forma de um corrupto passar despercebido do que se apresentar com a linha justa e ter a ética como arma de arremesso. Desta forma, tem tudo a seu favor para ser uma pessoa de sucesso: é respeitado, as leis não o atingem, os tribunais não o conseguem incomodar e, ainda, a inveja de todos os que gostariam de estar contaminados pelo seu vírus dão-lhe um protagonismo que o torna num ser impune. Pode até perorar sobre a melhor forma de combater a doença, enquanto vai enchendo os seus bolsos e os bolsos dos amigos. É que um corrupto nunca anda só!

 

Um Filósofo não anda nas nuvens ao esconde, esconde, nem nasce da terra como os cogumelos: é o seu labor intelectual que faz de um homem, um filósofo. E isso pode acontecer mesmo num campo de futebol. E é assim que mete golos!


quarta-feira, agosto 04, 2010

 

É urgente um novo rosto a liderar o MP

O Sindicato dos Magistrados Públicos reagiu, de forma contundente, às palavras do seu superior hierárquico.


Numa carta aberta, afirma o sindicato:

«A hierarquia do Ministério Público está moribunda. Não por falta de poderes, agora reforçados, mas da falta de capacidade para os exercer. Por mais que lhos confiram sempre lhe parecerão poucos» E mais adiante num desafio directo ao PGR: «De uma vez por todas, explique aos portugueses que poderes são esses que insistentemente reclama sem nunca nomear».

E continuando «é, de todos, o PGR com mais poderes na história da democracia».

A propósito das criticas de Pinto Monteiro ao Sindicato, a sua direcção afirma: « Pinto Monteiro «teima em configurar» o MP «à sua imagem e semelhança, como se de um feudo seu se tratasse»E Conclui: «Não é este o Ministério Público em que acreditamos, com que nos identificamos e que a Constituição e a Lei configuram».

Pinto Monteiro, com as trapalhadas em que se envolveu, só a si pode culpar a solidão em que se meteu. É certo que tem o Primeiro Ministro a apoiá-lo, mas este ainda está pior. O melhor será que o M.P. tenha um novo rosto a liderá-lo.

segunda-feira, agosto 02, 2010

 
Faleceu um bom Homem. O jornalismo está mais pobre.

 

3ºciclo de memórias Literárias - Guerra Colonial


Froufe Andrade é im jornalista com quem estive na direcção da Associação dos Jornalistas e Homens de letras do Porto. Enviou-me este testemunho. É um tesemunho revelador do carácter e humanismo deste meu amigo. A guerra colonial teve destes episódios. É uma versão, como toda a história, de um episódio, mas feita na primeira pessoa.
Merece ouvi-lo e partilhar.É que a história não está terminada: precisa de nós para ter o fim que Froufe tanto deseja e nós, como amigos, também desejamos.

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